Provas específicas de Música e de Artes Plásticas aconteceram no último fim de semana


Mais de 460 candidatos foram convocados a participar das provas de habilidades específicas, realizadas nos dias 16 e 17 de dezembro, para o processo seletivo da Universidade do Estado de Minas Gerais.

A etapa de provas específicas é realizada antes das Provas Gerais e é exclusiva para os candidatos aos cursos de Música e de Artes Plásticas, todos oferecidos somente no Campus Belo Horizonte.

De caráter eliminatório e classificatório, visam à análise de alguns critérios fundamentais para o processo de seleção para os cursos que possuem uma demanda altamente criativa. No caso das provas para o curso de Artes Plásticas, são avaliadas a relação espacial do candidato, a capacidade de interpretação, habilidade com o material, capacidade gráfica, capacidade de criação e de expressão.

Já para as provas do curso de Música, alguns dos critérios avaliados foram o domínio da leitura musical, fluência na leitura dos nomes de notas e a precisão rítmica. Os candidatos de canto e de instrumentos foram avaliados, executando repertório no seu instrumento de acordo com o edital publicado.

Os resultados das Provas de Habilidades Específicas deverão ser divulgados até o dia 28 de dezembro, na página do Vestibular UEMG 2018.

Os candidatos que forem habilitados nessa etapa continuam a disputar as vagas nos cursos de Música e Artes Plásticas. Aqueles que não conseguirem aproveitamento necessário, ainda podem concorrer ao curso que marcaram como segunda opção no ato da inscrição.

Expectativas e impressões

Wharlen, 23 anos, é vestibulando ao curso de música e comentou que estava muito ansioso pela prova. É a primeira vez em que participa do Vestibular UEMG e afirmou que sua preparação para a prova ocorre desde fevereiro deste ano. Ele afirmou ainda que sentiu falta de provas teóricas para os candidatos aos cursos de música e finalizou dizendo que, embora difícil, não vê o processo seletivo como sendo algo impossível e que está ainda mais empolgado em continuar seus estudos na área.

Já o candidato Robert, de 17 anos, comentou não estar muito otimista para o vestibular, pois já esperava uma prova relativamente complexa. O candidato também participou pela primeira vez do Vestibular da UEMG e informou que sua preparação vinha acontecendo durante todo o ano, com uma ênfase nos pontos de maior dificuldade para ele. Mesmo com a preparação, ele destacou sua preocupação quanto ao resultado do certame e pontuou dizendo que todo o processo transcorreu muito bem.

Se a dúvida é aparente em parte dos candidatos, existem também aqueles que esbanjam confiança. É o caso, por exemplo, do candidato Elias, de 20 anos, que afirmou que, mesmo sem muito tempo para estudar, o conhecimento já adquirido na música o ajudou na hora da prova. Ele considerou que o processo exigiu dos candidatos um conhecimento básico dos conceitos como percepção, noção de tempo e partituras. Sobre o processo seletivo, ele ainda teceu elogios ao certame, dizendo que considera importante testar o nível de conhecimento dos candidatos e que, na opinião dele, não haverá problemas se o nível de dificuldade do processo fosse maior.

De forma geral, o processo transcorreu sem imprevistos, em razão da experiência da comissão organizadora do vestibular conhecedora, do espaço físico e perfil dos candidatos. Segundo a professora da Escola de Música Gislene Marino Costa, os egressos dos cursos de música têm conquistado o mercado de trabalho enquanto instrumentistas e também como professores. Muitos ex-alunos hoje atuam em diversos municípios em posições de liderança nas secretarias de cultura e em escolas públicas e particulares.